Lis

"The Morning", de Jan Saudek - 1966-1968 Com tantos laços, contando laços, cortando laços. É manhã e acordei de novo, de mais um sonho, coando o café entre pedaços de memória que se esvai, gota a gota, chamando o sol na varanda. Caneca em punho qual oferenda à iluminada consciência recém desperta, sabendo bem que o Caminho da Iluminação limita a Razão e a Emoção a ferramentas para que o Espírito atue ilimitado sobre a Matéria, a favor da reintegração da unidade de tudo o que É . Mas só sabendo mesmo, motivo pelo qual a frase, minha mesma, na estranheza com que cumpre o caminho entre as ideias e os dedos no teclado, vira algo tão não-meu, portadora de uma Verdade tão não-aprendida, porque tão não-praticada, que o itálico típico das citações lhe cai como uma luva na mão de alguém erudito e sério, mas que não conheço. Que não me conhece.  ****** Conhecer.  Do latim COGNOSCERE, em que CO- remete a "junto" e GNOSCERE remete a "conhecer". Me pergunto em que mome